Bronquiolite Viral Aguda
Bronquiolite é principal causa de internação de bebês com problemas respiratórios
Entre os meses de março e julho, a infecção foi responsável por 60% das internações em crianças menores de um ano com doença respiratória.
Infecção respiratória causada por vírus, especialmente o sincicial respiratório (VSR), a bronquiolite é uma das principais causas de internação hospitalar de crianças no primeiro ano de vida. O período de maior incidência da doença começa em meados de março e se estende até o fim de julho. “Nesta época, cerca de 60% dos bebês menores de um ano hospitalizados com problemas respiratórios apresentam bronquiolite por VSR”.
A bronquiolite atinge predominantemente as crianças menores de um ano. Os primeiros sintomas são como de um resfriado, com coriza, obstrução nasal e eventual febre, seguida de tosse, ronqueira, chiado no peito e dificuldade para respirar. Pode evoluir para piora da tosse, respiração rápida, dificuldade para alimentação e, nos casos ainda mais graves, as extremidades e a boca ganham coloração arroxeada.
Algumas crianças são mais propensas, como os prematuros, as portadoras de problemas pulmonares e de cardiopatias congênitas.
Cerca de 30% das crianças desenvolvem sintomas típicos alguma vez na vida, mas os casos graves ocorrem em menos de 1% das crianças acometidas.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Como há diversos tipos de vírus que podem causar a bronquiolite, não existe vacina para todos. É preciso, então, redobrar a proteção em bebês antes dos três meses de vida. Os pais devem evitar o contato com adultos e crianças que apresentem sintomas de resfriado ou gripe e lavar as mãos antes de manusear os bebês.
Também é prudente evitar locais com aglomeração de pessoas, onde a exposição aos vírus é maior. O contato com fumantes também deve ser restrito, pois o tabagismo passivo é fator agravante.
Uma vez diagnosticado, o tratamento baseia-se em medidas de suporte, como oxigenoterapia e hidratação. É recomendável oferecer líquidos sempre que possível, lavar o nariz com soro fisiológico
Alguns bebês podem necessitar de broncodilatadores e fisioterapia respiratória para auxiliar a respiração. Situações agravantes como prematuridade, baixo peso requerem que o bebê permaneça no hospital para tratamento. Bebês sem fatores de risco, mas com queda de saturação também necessitam internação para oxigenoterapia.
Há crianças nas quais o chiado no peito pode permanecer de forma persistente ou recorrente após a bronquiolite viral aguda. Isto pode ocorrer durante semanas, meses ou até alguns anos após o episódio de bronquiolite. Alguns fatores estão associados a esta evolução, como história familiar de asma. A avaliação e acompanhamento por pneumologista infantil é indispensável.
Fonte: www.pulmonar.org.br.