Os riscos do TABAGISMO para o fumante e para as crianças que com ele convivem
Doenças associadas ao tabagismo:
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impotência sexual no homem;
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complicações na gravidez;
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aneurismas arteriais;
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úlcera do aparelho digestivo;
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infecções respiratórias;
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trombose vascular.
As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no Brasil, sendo que o câncer de pulmão é a primeira causa de morte por câncer.
Porém, ao parar de fumar, o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.
Tabagismo passivo
Define-se tabagismo passivo como a poluição decorrente da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados, por exemplo as crianças.
O ambiente onde vive o fumante contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
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Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
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Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
2 - Em crianças:
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Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
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Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma.
3 - Em bebês:
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Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
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Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.
Crianças expostas à fumaça do cigarro ainda sofrem de irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, dor de cabeça, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias. Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função) e aumento do número de infecções respiratórias.
Fumantes têm chances:
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10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão;
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5 vezes maior de sofrer infarto;
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5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar;
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2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Se parar de fumar agora...
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após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal;
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após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue;
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após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
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após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor;
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após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora;
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após 5 A 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou.
Quanto mais cedo você PARAR DE FUMAR melhor!
Quem NÃO fuma aproveita MAIS a vida!
Não tenha medo de tentar!
Não tema os sintomas da síndrome de abstinência. O organismo volta a funcionar normalmente sem a presença de substâncias tóxicas e alguns fumantes podem apresentar (varia de fumante para fumante) sintomas de abstinência como fissura (vontade intensa de fumar) dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas, quando se manifestam, duram de 1 a 2 semanas.
Não tema a recaída
A recaída não é um fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais atento ao que fez você voltar a fumar. Dê várias chances a você... até conseguir. A maioria dos fumantes que deixaram de fumar fez em média 3 a 4 tentativas até parar definitivamente.
Não tenha medo de engordar
Se a fome aumentar, não se assuste, é normal um ganho de peso de até 2 kg, pois seu paladar vai melhorando e o metabolismo se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais do que de costume. Evite doce e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada com alimentos de baixa caloria, frutas, verduras, legumes etc. Prefira produtos diet / light e naturais. Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. Evite café e bebidas alcoólicas. Eles podem ser um convite ao cigarro.
O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo que goste de fazer para se distrair e relaxar.
Fonte: Ministério da Saúde